Internamente, a iniciativa de Trump tem sido recebido nos EUA também com críticas. A preocupação principal é de que o caminho escolhido acabe elevando a inflação, já que o fornecimento de bens aos EUA seria afetado. O custo de vida foi a principal bandeira de Trump na eleição.
Na sexta-feira, o presidente negou que tarifas impactam a inflação, sem explicar sua lógica e nem dar demonstrações de seu argumento. Mas admitiu que algum tipo de “ruptura temporária” poderia ocorrer com alguns produtos.
Estudos realizados em 2018, quando Trump também iniciou uma guerra comercial, mostram que quase a integralidade dos custos extras causados pelas tarifas foi incorporado nos preços finais ao consumidor. Segundo a Tax Foundation, os impostos de importação vão custar ao bolso do consumidor americano cerca de US$ 860 bilhões por ano.
Trump justificou que sua decisão de impor tarifas seria uma forma de lidar com três problemas: o déficit nas contas correntes do comércio exterior americano, o fluxo de imigrantes e de fentanyl.
Seus críticos, porém, dizem que as medidas fazem parte de uma guinada nacionalista e que tem, como objetivo, recuperar a produção industrial americana. Na história americana do século 20, foi a abertura de mercados, e não o protecionismo, que intensificou o crescimento do país.
Justin Trudeau, o primeiro-ministro do Canadá, declarou que está “pronto para dar uma resposta”, enquanto a presidente do México, Claudia Sheinbaum, também se disse preparada.
noticia por : UOL