Reprodução
Acusados do golpe da maquininha foram soltos por falta de provas
THIAGO NOVAES
DO REPÓRTERMT
Os cinco homens, de 23, 25, 22, 30 e 28 anos, que foram presos na manhã de segunda-feira (19), na Praça 8 de Abril, em Cuiabá, acusados de estarem aplicando o “golpe da maquininha” nos semáforos da Capital, foram ouvidos e liberados pela Polícia Civil.
Eles estavam usando fantasias de palhaço e abordando os motoristas, trafegavam pela região, dizendo que faziam parte de um projeto da Universidade de São Paulo (USP) e que as doações seriam para ajudar crianças em situação de vulnerabilidade. Entretanto, de acordo com denúncias feitas à Secretaria Municipal de Ordem Pública, os valores cobrados nas doações via Pix ou máquina de cartão seriam maiores do que o combinado com os doadores.
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“Já tivemos várias ocorrências nesse sentido. Então, a pessoa de boa vontade fala: ‘Olha, eu não tenho dinheiro’, mas eles estão com uma máquina e mostram QR Code para você fazer um Pix no valor que você deseja. Aí você fala: ‘Eu quero doar R$ 10, R$ 20, R$ 50’ e você faz a doação. Aí você vai checar a sua conta bancária e aquele mesmo valor virava R$ 100, R$ 200. São vários boletins de ocorrência registrados em Cuiabá. Estão sendo todos investigados pela Delegacia de Estelionato”, disse a secretária de Ordem Pública, delegada Juliana Palhares, em um vídeo nas redes sociais.
Palhares é quem abordou o grupo na segunda-feira e acionou a Polícia Civil. Logo após, os homens foram ouvidos pelo delegado Eduardo Ribeiro e foram apreendidas cinco máquinas de cartão, cinco celulares e cinco álbuns fotográficos com imagens das doações.
A polícia entrou em contato com alguns doadores, que afirmaram que os valores repassados estavam corretos.
No último dia 12, uma pessoa chegou a registrar um boletim de ocorrência, afirmando que tinha aceitado doar R$ 100, mas quando viu o extrato do banco tinha feito um pix de R$ 500. No entanto, ao entrar em contato com a pessoa, ela não quis representar contra os suspeitos e nem comparecer à delegacia para ser ouvida.
Como não houve nenhum flagrante, os cinco foram liberados.
Conforme o delegado, as investigações agora continuam para identificar se as doações divulgadas pelos palhaços realmente foram repassadas à instituição que eles anunciam.
Veja vídeo:
FONTE : ReporterMT