RENDA
Na faixa que ganha até dois mínimos, a aprovação do trabalho do presidente segue bem à frente, mas caiu: de 63% para 56%. A reprovação cresceu de 34% para 39%. Na faixa de dois a cinco mínimos, o número negativo cresceu de 50% para 54%, e o positivo caiu de 48% para 43%. Sem novidades entre os que recebem mais de cinco: 59% seguem reprovando, e 39%, aprovando.
AVALIAÇÃO DO GOVERNO
É claro que a avaliação sobre o governo também piorou. A negativa teve um salto de 31% para 37%; a positiva foi de 33% para 31%, e a regular caiu de 34% para 28%. Aqui, a mudança de humor na Região Nordeste, se a pesquisa estiver certa, é considerável: a positiva caiu de 48% para 37%. Entre os que recebem até dois mínimos, também queda importante na aprovação: de 63% para 56%
RUMO
Pesquisa quis saber se país está na “direção certa ou errada”. Deve ter querido dizer “rumo”: os que veem no caminho errado subiram de 46% para 50%. Os que acham que está certo caíram de 43% para 39%. Oscilaram de 40% para 39% os que dizem que a economia piorou nos últimos 12 meses. Os que veem melhora foram de 27% para 25%. Ficou na mesma para 32%. Para 83%, o preço dos alimentos subiu. Entre os principais problemas do país, a violência é o mais importante para 26%. Dizem ser os problemas sociais 23%. A economia é citada por 21%
O QUE EXPLICA?
Aconteceu alguma coisa formidavelmente ruim no mês de janeiro? Continuou o estresse do dólar, e houve a escandalosa mentira sobre o PIX. Há ainda a inflação de alimentos, mais alta do que taxa geral, mas também ela não é novidade e está longe de ser um descalabro. Não há nenhum evento, exceção feita à barbaridade vigente nas redes e à pauleira do noticiário, que justifique mudança acentuada de humor em pouco mais de um mês.
PISTAS
Há algumas pistas no levantamento, se os números forem mesmo esses. Instados a responder qual a notícia mais positiva que ouviram sobre o governo Lula, 7% apontaram o Bolsa Família; 4%, o Pé de Meia, e 2% citaram reajuste acima da inflação, retomada do Minha Casa Minha Vida e Reforma Tributária. E as negativas: nada menos de 11% citaram a “regulação do PIX” — olhem a “fake news” aí; 3%, “não faz o que promete”; 2%, o aumento de preços e da inflação; e 2%, o aumento de impostos, que não aconteceu. Dizem-se contrários a mudanças no sistema de validade dos produtos nos mercados 63%. O governo nunca pensou no assunto.
NOTÍCIAS NEGATIVAS
Dizem ter ouvido mais notícias negativas do que positivas sobre o governo 43% dos que responderam a pesquisa; só 28% afirmam o contrário. E não duvido que seja assim, não é?, num momento notável do Brasil em que até o crescimento da economia é noticiado como coisa ruim.
noticia por : UOL