O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, garantiu que os dois governos “concordaram em iniciar negociações sobre uma ampla gama de questões em um local neutro”.
O secretário-geral ONU, António Guterres, também fez inúmeras abordagens diplomáticas com ambos os lados esta semana, mas Narendra Modi, primeiro-ministro indiano, supostamente se recusou a falar com ele. Guterres esperava que o acordo levasse a uma “paz duradoura” e à criação de um diálogo para resolver os problemas que há muito dividem os dois países. O Paquistão, que faz parte do Conselho de Segurança da ONU, estava considerando que o conselho endossasse a trégua.
Preocupação em Nova Delhi
Desde o início do conflito entre a Índia e o Paquistão, que deixou pelo menos 60 mortos desde 7 de maio, os sentimentos dos habitantes de Nova Delhi estão divididos entre a confiança e o medo de uma guerra total.
Com seu turbante na cabeça, símbolo de sua religião, Kashish, um jovem sikh, diz que não teme uma escalada de tensões entre as duas potências nucleares. Para ele, Índia e Paquistão têm mais a perder do que a ganhar: “No que diz respeito a um conflito armado real, ambos os Estados sabem muito bem quais seriam as consequências, especialmente no plano econômico”, pontuou em entrevista à reportagem da RFI. “Uma guerra não só mata pessoas, como também tem repercussões muito mais amplas na economia e no status internacional dos países envolvidos”, lamentou.
Para outros, o conflito em curso entre a Índia e o Paquistão é uma fonte de ansiedade. “Estou realmente assustada com esse estado de guerra”, desabafa Jagriti, uma indiana de 20 anos. “Eu ainda sou muito jovem. Tenho muitas coisas para fazer na minha vida antes que algo me aconteça. Então, esse é realmente o único pensamento que me vem à mente e acho que as duas nações poderiam resolver isso conversando em vez de lançar mísseis uma contra a outra”, opina. Nesse clima tenso, Nova Delhi está se antecipando com exercícios de proteção civil.
noticia por : UOL