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Cuiaba - MT / 7 de janeiro de 2025 - 7:22

Pai de estudante morto por PM escreve carta emocionante e clama por justiça

Com muita dor pela lembrança do sofrimento do meu filho e muita raiva pela cretinice dos mecanismos do Estado operando, revisei linha por linha o relatório da Policia Civil sobre o assassinato cruel do meu filho Marco Aurélio pelos Policiais Militares covardes Guilherme Augusto Macedo e Bruno Carvalho do Prado, ambos ainda andando soltos, recebendo seus salários e festejando as festas natalinas com uma cervejinha do lado, bem protegidos pelo Comandante da PM Cassio Araújo de Freitas e pelo Secretario da InSegurança Pública Guilherme Derrite, matador confesso orgulhosamente.

A primeira delegada da Polícia Civil, que vendo às imagens do hotel a gravidade do crime, irresponsavelmente não considerou o crime hediondo como homicídio qualificado nem mandou prender em flagrante aos assassinos. O que levou a isso a essa delegada?… Ignorância, imperícia, medo ou maldade pura? O boletim da Policia Militar e sua versão demonstradamente falsa tentando desfigurar a imagem do meu filho, desde o início e sendo repetida em um esquema claramente aprendido com muito ‘tecnicismo’ nas academias da Polícia Militar. Na maior evidencia de cumplicidade e proteção aos criminosos na Policia Civil, para retardar o processo de investigação, foram indicados sequencialmente não 3 ou 4 delgados em menos de 30 dias, foram oito delegados da Polícia Civil. Um deles, o sétimo Delegado da Polícia Civil, apenas assumindo o caso e ciente da notoriedade e sofrimento de famílias, imediatamente informou no dia seguinte que entrava de férias ate o final de ano e ainda recomendou que o inquérito dos assassinos da Polícia Militar somente seja tomado após o retorno dele. Um verdadeiro circo. Sófocles e Aristófanes morreriam de inveja da criatividade das tragicomédias dos Delegados da Policia Civil!

Demora vergonhosa das investigações pela Polícia Civil apesar da preocupação pública da sociedade e meios de comunicação, que resulta e promove mais crimes como aquele trabalhador lançado da ponte, o outro baleado com dez tiros pelas costas, os chutados na cabeça sem misericórdia, o inocente baleado por filmar com celular a violência policial de vários outros Policiais Militares. Nossa Tarcísio, você falava sério quando desafiou ao mundo que podiam chamar a “a ONU, a Liga da Justiça ou ao raio que o parta”. Quem vai parar a Polícia Militar de Tarcísio e o bufão Derrite? A turma de Marvel, os Justiceiros & Vigilantes, o Papa e os Anjos o uma Revolução à Francesa?

Que pena de essas pobres famílias que há muitos anos tem sido humilhadas, burladas e pisoteadas nos seus direitos após de sofrer as maiores violências pela Polícia Militar e das quais a minha família se juntou com lágrimas e sangue por um desígnio que Deus quis e do qual não sei se um dia entenderei. São Paulo não vai a caminho de ser um estado policial, ele já é um estado policial. Aqui quem manda é quem porta a arma mais potente em nome do Estado.

Pelo amor de Deus, me deixem chorar em paz a saudades do meu filho… Que mundo bizarro é esse que foi construído onde o inocente pobre é morto injustamente e tratado como um criminoso e os assassinos dele pagos pelo Estado são defendidos como heróis? Que o sacrifício do meu filho mais querido, o “Maicosillo”, sirva para evitar a dor e as lágrimas das famílias de outros filhos como um dia ele ainda adolescente uma vez sonhou.

Dr. Julio Cesar Acosta Navarro, PhD Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

noticia por : UOL

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Cuiaba - MT / 7 de janeiro de 2025 - 7:22

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