O parlamentar também quer saber por que o governo italiano não executou o mandado de prisão internacional contra Zambelli. Ele questiona ainda sobre que tipo de proteção ou apoio permite que ela permaneça na Itália, mesmo após ser considerada foragida. Além disso, quer saber também quais medidas o governo pretende adotar para cumprir a Lei 144/1991, que regula os procedimentos de extradição entre Itália e Brasil.
No documento enviado ao Parlamento, Bonelli amplia o escopo da cobrança e cita diretamente Bolsonaro e seus filhos. Ele pergunta se o ex-presidente solicitou ou obteve cidadania italiana e pede informações sobre os processos de cidadania de Flávio, Eduardo, Carlos e Jair Renan Bolsonaro, todos citados em diferentes investigações no Brasil.
Segundo Bonelli, os laços entre Bolsonaro, sua base política e a presença de Zambelli na Itália merecem atenção urgente das autoridades italianas. O parlamentar lembra que Bolsonaro está sendo processado pelo Supremo Tribunal Federal por suspeita de tentativa de golpe de Estado após sua derrota nas eleições de 2022.
Bonelli conta que tem recebido mensagens de brasileiros pedindo explicações sobre o caso. “Quero dizer que muitos me escreveram do Brasil perguntando quando o governo responderia. Amanhã haverá uma resposta. Qual, não sei, mas haverá.”
A presença de Zambelli em solo italiano tem provocado questionamentos diplomáticos e políticos. A deputada, ex-aliada do ex-presidente Jair Bolsonaro, líder do seu partido, foi condenada a 10 anos de prisão, em decisão unânime da Primeira Turma do STF (5 a 0), em maio. Semanas depois, deixou o Brasil (ela está com o passaporte em mãos) e passou a ser considerada fugitiva.
noticia por : UOL