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Cuiaba - MT / 4 de maio de 2025 - 0:08

Novo ministro da Previdência estava em reunião que teve alerta sobre descontos no INSS

FERNANDA BRIGATTI E MAELI PRADO

DA FOLHA DE S. PAULO

Escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para substituir Carlos Lupi no ministério da Previdência Social, o ex-deputado federal Wolney Queiroz Maciel (PDT-PE) estava na reunião do Conselho Nacional da Previdência Social em que foi feito um alerta de que as denúncias de irregularidades em descontos em benefícios vinham crescendo.

Segundo a ata da reunião realizada em 12 de junho de 2023, a advogada Tonia Galleti, representante do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos), relatou ter pedido a inclusão do tema dos acordos de cooperação técnica na pauta. O pedido foi negado, dado que o conteúdo do encontro já estava fechado.

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Ela reforçou a solicitação, “tendo em vista as inúmeras denúncias feitas” sobre esses acordos, que permitem o desconto de mensalidades de associações diretamente dos benefícios previdenciários pagos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A Polícia Federal investiga fraudes nas autorizações e participação de servidores do instituto no esquema.

Wolney estava na reunião como secretário-executivo do Ministério da Previdência Social. O titular da pasta, que pediu demissão nesta sexta (2), levou cerca de um ano para tomar providências.

Na reunião de 2023, Galleti pediu que fossem apresentadas as entidades que têm acordo com o INSS, a curva de crescimento dos associados nos últimos 12 meses e uma proposta de regulamentação que trouxesse maior segurança aos trabalhadores, ao INSS e aos órgãos de controle.

De acordo com o documento, o ministro registrara que a solicitação do sindicato era relevante, mas que não haveria condições de fazê-la de imediato, “visto que seria necessário realizar um levantamento mais preciso”.

Sobre esse assunto, Lupi disse há alguns dias que o INSS fez uma auditoria para apurar denúncias de descontos irregulares. Ele disse que, ao longo desse trabalho, o diretor de Benefícios do instituto foi exonerado “para que conseguíssemos ter um diagnóstico e tomar as providências cabíveis”.

Procurado, o Ministério da Previdência não se pronunciou.

O Sindnapi, representado por Galleti, é uma das associações investigadas no caso.

FONTE : ReporterMT

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