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Valéria Lima, advogada, coach, terapeuta e empresária
VALÉRIA LIMA
Com a chegada de um novo ano, surgem também muitas dúvidas sobre as regras da aposentadoria, especialmente entre os trabalhadores que estão próximos de se aposentar. As chamadas sobre mudanças nas idades mínimas para concessão do benefício sempre geram preocupação e incerteza. Mas afinal, o que realmente muda em 2025?
O Brasil possui dois tipos de aposentadorias: as voluntárias, também chamadas de programadas, e as involuntárias, que ocorrem em casos de incapacidade permanente. As mudanças que ocorrem anualmente afetam apenas as aposentadorias voluntárias, que são aquelas baseadas em idade ou tempo de contribuição.
Desde a Reforma da Previdência de 2019, que ficou conhecida como “Nova Previdência”, a aposentadoria por tempo de contribuição foi extinta para novos segurados do INSS. No entanto, para aqueles que já contribuíam antes da reforma, foram criadas regras de transição para minimizar os impactos das novas exigências. Uma dessas regras é a da idade mínima progressiva, que sofre alterações anuais até atingir sua estabilidade.
Em 2025, para se aposentar por essa regra, as mulheres precisarão ter 59 anos de idade e 30 anos de contribuição, enquanto os homens precisarão de 64 anos e 35 anos de contribuição. Esse requisito irá aumentar em seis meses a cada ano até atingir 62 anos para mulheres em 2031 e 65 anos para homens em 2027.
Outra regra de transição bastante discutida é a dos pontos, que também sofre alteração anual. Em 2025, os homens precisarão atingir 102 pontos e as mulheres, 92. Os pontos são calculados somando a idade do trabalhador ao tempo de contribuição, que deve ser de no mínimo 35 anos para homens e 30 anos para mulheres. Esse sistema permanecerá em crescimento até 2028 para os homens, que deverão atingir 105 pontos, e até 2033 para as mulheres, que precisarão de 100 pontos.
Para professores do ensino básico, as regras são mais brandas, reduzindo em cinco anos tanto o tempo de contribuição quanto a idade mínima e os pontos exigidos.
Diante dessas mudanças, é fundamental que os trabalhadores fiquem atentos às regras e planejem com antecedência a concessão do benefício. A previdência social continua a passar por ajustes e, por isso, a informação correta e atualizada é essencial para garantir os direitos de quem contribuiu ao longo da vida.
Embora as mudanças possam parecer complexas, um bom planejamento previdenciário pode evitar surpresas desagradáveis. O acompanhamento de um especialista na área pode fazer toda a diferença na tomada de decisão, garantindo que o trabalhador faça a melhor escolha dentro das possibilidades que a legislação oferece.
Valéria Lima, advogada, coach, terapeuta e empresária
Instagram: @valeriasoldalima
FONTE : ReporterMT