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Cuiaba - MT / 30 de maio de 2025 - 9:01

Mãe de mulher assassinada por PM: "Ela estava com a cabeça quebrada e os braços cortados"

KARINE ARRUDA

DO REPÓRTERMT

Gabrieli Daniel de Souza, de 31 anos, assassinada pelo esposo, o policial militar Ricker Maximiano de Moraes, 35, teria sido brutalmente espancada antes de ser morta a tiros. A afirmação é da mãe da vítima, Noemi Daniel. 

“Minha filha estava com a cabeça toda quebrada, os braços, toda cortada. […] A minha filha chegou deformada. Ele ainda cortou o cabelo da minha filha, ela tinha um cabelo lindo”, afirmou Noemi.

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O relato da mãe foi feito por meio de um áudio encaminhado à deputada federal Gisela Simona (União Brasil). No trecho ao qual o teve acesso, Noemi disse que quando o caixão da filha chegou, ela e os familiares mal conseguiam reconhecê-la, de tão deformada que estava.

“Todo mundo da família ficou arrasado, horrorizado quando viu, quando ela chegou aqui que a gente abriu o caixão e viu ela. A revolta que [a família] está sentindo é muito grande. […] Quando eu cheguei e olhei aquela situação, eu não reconheci a minha filha, porque fizeram aquilo com ela”, relatou.

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Em outro trecho do áudio, Noemi comenta que não entende o porque o genro fez isso com a própria esposa. Para ela, a crueldade foi tanta, que nenhum animal merecia passar por isso. Conforme a mãe, se o PM tivesse apenas atirado e matado a a filha dela teria sido menos doloroso do que ver ela naquele estado.

“Eu não sei o que ele queria fazer, qual era a raiva, porque tanto ódio. Isso não é um ser humano, é um animal, um bicho. Fazer uma coisa dessa com uma outra pessoa que conviveu, que têm filhos juntos, que tava morando junto, dormindo junto, não tem explicação não. É uma atrocidade”, contou.

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Gabrieli estava terminando a faculdade de enfermagem e já havia programado a formatura para agosto deste ano. Segundo a mãe da vítima, ela estava feliz com a conclusão do curso, era uma mulher estudiosa, trabalhadora e cuidava muito bem dos filhos.

“Ele acabou com tudo. Destruiu o sonho de uma menina bonita, sonhadora e nós só queremos justiça. Se a justiça da terra falhar, eu tenho certeza que a justiça de Deus não vai falhar e ele vai pagar por tudo que ele fez, que ele seja realmente condenado pelo resto da vida”, finalizou.

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A reportagem entrou em contato com a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), que informou que somente o laudo de necropsia vai apontar quais agressões a vítima sofreu. O prazo é de que o documento fique pronto em até 10 dias a contar da data do crime.

Assassinato

Gabrieli foi morta a tiros pelo marido no último domingo (25) no bairro Praeirinho, em Cuiabá. De acordo com o boletim de ocorrência, ela foi assassinada na frente dos filhos do casal, de 3 e 5 anos, na cozinha da casa onde eles moravam.

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Após o crime, o militar fugiu levando os dois filhos. No trajeto, ele deixou as crianças na residência de seu pai no bairro Jardim Tropical. No local, ele também deixou uma arma de fogo, possivelmente usada no crime.

Na madrugada do dia seguinte (26) ao assassinato, Ricker se apresentou na Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na companhia do advogado Rodrigo Pouso. Ainda na tarde de segunda, ele passou por audiência de custódia e teve a prisão mantida.

Ouça o áudio:

FONTE : ReporterMT

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