Anúncio

Cuiaba - MT / 28 de maio de 2025 - 19:34

Juíza suspeita de participar de documentário sobre morte de Maradona é afastada

Em mais um capítulo do julgamento sobre a morte do ídolo argentino Diego Maradona, na Argentina, a juíza Julieta Makintach foi afastada nesta terça-feira (27), após o tribunal aceitar um pedido da magistrada para deixar o caso.

Além de Makintach, outros dois juízes decidiam sobre a causa, que avalia a responsabilidade da equipe de saúde que tratava Maradona na morte do ex-jogador. O julgamento foi suspenso há uma semana, após uma denúncia de que ela seria parcial, por permitir ser filmada no tribunal por uma equipe de produção.

Nos últimos dias, foram divulgados vídeos dela que fariam parte de um suposto documentário sobre o julgamento da morte de Maradona chamado de “Justiça Divina”. Nesta terça, desde as primeiras horas da manhã, o tribunal se dedicou a examinar alguns desses vídeos.

Após a exibição de um dos arquivos, que seria o trailer do documentário e no qual a juíza aparece entrando em um elevador do tribunal e percorrendo o corredor do edifício, o juiz Maximiliano Savarino, que comanda a corte, disse a “evidência é mais do que conclusiva e o que aconteceu é sério”, disse.

Ela sempre negou saber se tratar de um documentário. “Posso dizer isso de coração, pelos meus filhos. Eu não conhecia esse material, não tinha visto o material. Eu sei que vocês não vão acreditar em mim. Eu não sabia tudo, nem mesmo o roteiro. Espero que o julgamento possa continuar sem mim”, lamentou Makintach.

Desde 11 de março, ocorre o julgamento que envolve quatro médicos, duas enfermeiras e um psicólogo que cuidaram de Maradona antes de sua morte, em 2020. O juízo tinha sido suspenso por uma semana, após os advogados que representam os réus pedirem a remoção da magistrada.

Fernando Burlando, advogado das filhas de Maradona, lamentou que o foco nos últimos dias tenha sido dado à juíza, em vez de tratar dos supostos responsáveis pela morte do jogador.

Antes do retorno dos trabalhados do tribunal, ele ressaltou que o julgamento é importante, pois envolve acusações de homicídio simples contra a equipe de saúde que cuidava de Maradona.

O Ministério Público questiona Makintach sobre seu envolvimento no projeto de documentário. Ela pode responder criminalmente pelo caso.

Ainda há uma preocupação de que o julgamento possa ser anulado após o ocorrido, podendo um novo tribunal ser formado para recomeçar todo o processo.

Antes do afastamento da juíza, um cinegrafista envolvido nas filmagens disse, em juízo, ter recebido de uma produtora 550 mil pesos argentinos (R$ 2.500 na cotação oficial) para filmar a primeira audiência do julgamento e que foi chamado para gravar “um documentário sobre a juíza” Makintach.

Durante o julgamento em 11 de março, enquanto Huarte estava com sua câmera, um policial o alertou de que era proibido tirar fotos, mas ele acabou recebendo autorização de outra funcionária do tribunal para fotografar novamente.

A juíza Julieta Makintach foi suspensa do cargo de professora da Universidade Austral, onde lecionava direito penal “por tempo indeterminado”, após o vazamento de imagens do suposto documentário.

noticia por : UOL

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
Anúncio

Cuiaba - MT / 28 de maio de 2025 - 19:34

LEIA MAIS

Anúncio