O Homo erectus já conseguia sobreviver em zonas desérticas há um milhão de anos, segundo um estudo que questiona a ideia de que esta capacidade de adaptação surgiu muito depois, com o Homo sapiens.
O momento em que os primeiros hominídeos se adaptaram a ambientes extremos, como desertos e florestas tropicais, marca um “ponto de inflexão na história da sobrevivência e expansão humanas” fora de seu berço africano, afirma à AFP Julio Mercader Florin, paleoarqueólogo da Universidade de Calgary (Canadá) e coautor do estudo publicado nesta quinta-feira na revista científica Communications Earth & Environment.
Durante muito tempo, os cientistas consideraram que só o Homo sapiens, surgido há 300 mil anos, era capaz de viver de forma duradoura nestes ambientes, enquanto os hominídeos arcaicos, os primeiros representantes da linhagem humana que se separaram dos outros grandes símios, estavam limitados a ecossistemas menos hostis, compostos por florestas, pradarias e zonas úmidas.
noticia por : UOL