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Cuiaba - MT / 17 de junho de 2025 - 13:50

Greta Thunberg, idiota útil do Hamas

A ativista profissional de esquerda Greta Thunberg foi levada a Israel nesta semana após o “iate de selfies” em que viajava tentar romper o bloqueio naval imposto à Faixa de Gaza. A embarcação, chamada Madleen, fazia parte de uma flotilha que alegava entregar ajuda humanitária para combater uma fome considerada, por alguns, como artificial ou exagerada.

A jovem sueca de 22 anos recebeu alimentação e abrigo do governo israelense, que depois a repatriou. Ainda assim, Thunberg acusou as autoridades de tê-la “sequestrado” — e, como era de se esperar, todos os críticos habituais de Israel endossaram essa narrativa.

Se Thunberg quisesse de fato compreender o significado do termo “sequestro”, poderia ter pedido ao Hamas para visitar os israelenses que seguem cativos, sendo mantidos em condições subumanas, em algum porão úmido na região de Rafah. Mas a “ativista de direitos humanos”, como costuma ser apresentada pela grande imprensa — sem qualquer tom de ironia —, jamais pediu a libertação dos reféns capturados pelo grupo terrorista islâmico. Na verdade, a própria ação da flotilha pode ter sido coordenada por um suposto “agente do Hamas”.

“[Os israelenses] tentaram nos obrigar a assistir a todo tipo de vídeo de propaganda”, relatou Thunberg a repórteres após desembarcar em Paris. “Mas eu não assisti. Isso não se compara ao que está acontecendo em Gaza, que precisa desesperadamente de ajuda humanitária.”

Chamar de “propaganda” os vídeos gravados com câmeras GoPro por militantes palestinos — imagens que documentam o massacre brutal e celebratório de mulheres, crianças e idosos — é, no mínimo, uma acusação ousada. Ainda mais vindo de uma espécie de revolucionária de cosplay, cuja principal preocupação ao chegar a Israel era garantir uma refeição vegetariana.

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Enquanto isso, vale lembrar, Israel enviava centenas de caminhões com ajuda humanitária à população civil da Faixa de Gaza. O próprio Hamas, no entanto, frequentemente resiste a esse tipo de assistência, pois utiliza o controle dos alimentos e dos suprimentos como forma de dominação interna. Um dia depois das declarações de Thunberg à imprensa europeia, pelo menos oito trabalhadores humanitários foram assassinados por milicianos do grupo extremista enquanto tentavam distribuir mantimentos.

A pergunta que se impõe é: por que, afinal, Greta Thunberg ainda é notícia?

Ela foi eleita “Personalidade do Ano” pela revista Time em 2019, após abandonar a escola para “conscientizar o mundo sobre as mudanças climáticas” — uma façanha tratada como histórica. Aparentemente, ninguém falava sobre aquecimento global antes da chegada de Greta. Particularmente, considero mais inspirador o jovem que permanece na escola e estuda biologia antes de fazer discursos sobre ciência. Mas vivemos uma época em que sentimentalismo e superficialidade são frequentemente confundidos com virtude e sabedoria. Thunberg é o retrato fiel dessa tendência.

Seu momento mais emblemático talvez tenha sido a explosão emocional na tribuna da Organização das Nações Unidas, quando acusou as lideranças mundiais — justamente aquelas que lhe garantiram uma infância com níveis inéditos de liberdade, segurança e prosperidade — de terem “roubado seus sonhos e sua infância com palavras vazias”. A julgar por sua trajetória, no entanto, seu verdadeiro sonho sempre foi a fama. Ou, talvez, o sonho tenha sido primeiro de seus pais, que a convenceram de que o mundo estava prestes a acabar.

Desde sua consagração na capa da Time, Thunberg não apresentou conquistas concretas. Seu país natal, a Suécia, voltou a utilizar combustíveis fósseis. O mesmo aconteceu em boa parte da Europa. E a Terra, por enquanto, segue girando.

Nos anos seguintes, Greta passou a aderir a outras causas populares entre militantes de esquerda, como o movimento Black Lives Matter e, mais recentemente, a campanha por uma “Palestina livre”. Infelizmente, a única coisa sobre a qual ela parece entender menos do que ciência climática é a geopolítica do Oriente Médio.

Até onde posso perceber, Thunberg jamais disse algo realmente relevante, espirituoso ou intelectualmente consistente. Há milhões de jovens mais merecedores de atenção. Durante anos, sua juventude funcionou como escudo contra críticas. Mesmo hoje, jornalistas evitam confrontá-la com perguntas mais sérias ou técnicas sobre as causas que defende — talvez porque as chances de ela dar uma resposta minimamente informada sejam mínimas.

Agora com 22 anos, Thunberg não pode mais ser tratada como uma criança protegida. Ela sempre foi uma ativista notavelmente confusa. Hoje, tornou-se também uma idiota útil — expressão cunhada por Lênin para se referir a simpatizantes ingênuos de regimes autoritários — a serviço de um grupo terrorista. Para isso, não há desculpa possível.

David Harsanyi é redator sênior da Washington Examiner e colunista com distribuição nacional. Ele é coapresentador do podcast “You’re Wrong” e autor de vários livros. Assine o Substack dele.

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©2025 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês: Greta Thunberg, Useful Idiot for Hamas

noticia por : Gazeta do Povo

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Cuiaba - MT / 17 de junho de 2025 - 13:50

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