A ministra Gleisi Hoffmann (Secretaria das Relações Institucionais) afirmou nesta quinta-feira (13) que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentará na próxima semana o projeto de ampliação da faixa de isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 mensais.
A petista se reuniu com o ministro Fernando Haddad (Fazenda) para, segundo ela, acertar a estratégia para a tramitação das pautas prioritárias da agenda econômica no Congresso Nacional.
“Semana que vem nós vamos apresentar o projeto da isenção do Imposto de Renda até R$ 5.000”, disse. “Estamos acertando a agenda com o presidente Lula para fazer esse envio. Terminar os ajustes que têm de ser feitos e a Fazenda está terminando [de fazer a redação] e vamos marcar. Mas queremos enviar o mais rápido possível”, acrescentou.
Esse foi o primeiro encontro oficial de Gleisi com Haddad desde que ela tomou posse do novo cargo na segunda-feira (10). Na cerimônia no Palácio do Planalto, a petista buscou fazer um discurso de conciliação e fez acenos ao chefe da equipe econômica, de quem já divergiu publicamente.
De acordo com Gleisi, outras pautas que também são importantes para a área da economia, como a questão da limitação dos supersalários e da aposentadoria de militares.
“Estamos acertando essas pautas prioritárias para a gente acompanhar de forma especial e com conversação muito de perto com os líderes e presidentes das Casas”, afirmou..
Em seu discurso de posse, Gleisi disse que atuará “respeitando os espaços e competências de cada um” e também mencionou como prioridade a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5.000 por mês –proposta anunciada por Haddad no fim do ano passado.
“Eu estarei aqui, ministro Fernando Haddad, para ajudar na consolidação das pautas econômicas desse governo. As pautas que você conduz e que estão colocando novamente o Brasil na rota do emprego, do crescimento e da renda”, disse.
A nova ministra, responsável agora pela articulação política do governo Lula, já travou embates com partidos da base aliada, bem como com o próprio ministro da Fazenda. Em 2023, sob a presidência de Gleisi, o PT aprovou documentos críticos à política econômica encabeçada por Haddad, classificada até de “austericídio”.
noticia por : UOL