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Cuiaba - MT / 20 de janeiro de 2025 - 19:23

Dólar cai entre principais economias após Trump adiar tarifas de importação

O dólar caiu nesta segunda-feira (20) antes da posse de Donald Trump, após assessores do novo presidente indicarem que ele não lançará imediatamente tarifas comerciais contra alguns dos maiores parceiros comerciais dos EUA.

A moeda teve uma desvalorização de 0,9% em relação a uma cesta de seis moedas globais nesta tarde no mercado em Londres, colocando-a no caminho para seu maior declínio diário em mais de cinco meses.

A queda ocorreu após altos funcionários da nova administração dizerem a repórteres que Trump pretendia avaliar as relações comerciais com México, Canadá e China, mas sinalizaram que ele não imporia rapidamente novas tarifas.

“O dólar tem subido há quatro meses com a visão de que a nova administração Trump começaria rapidamente no que diz respeito a tarifas”, afirmou Chris Turner, chefe de pesquisa de mercados financeiros do ING. “Esses primeiros relatórios apontam para uma abordagem mais ponderada”, analisou.

Os mercados têm apostado desde o início de outubro que as propostas de Trump para tarifas comerciais e cortes de impostos aumentariam a inflação, levando o Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) a manter as taxas de juros mais altas por um tempo maior.

O euro e a libra esterlina saltaram na casa de 1,1% —a caminho de seu melhor resultado desde novembro e dezembro de 2023, respectivamente.

O peso mexicano e o dólar canadense valorizavam 1%, resultado que pode dar o melhor desempenho à moeda do Canadá desde maio de 2023. No Brasil, a moeda norte-americana caía 0,39%, cotada a R$ 6,040, às 16h04.

A China e os outros mercados asiáticos não foram impactados, pois já estavam fechados no momento da divulgação da notícia do adiamento das tarifas. Já o mercado dos EUA está fechado em virtude de feriado nacional.

“O dólar estava muito supervalorizado e já estava assim há semanas. Uma correção estava por vir”, disse Brad Bechtel, chefe global de câmbio da Jefferies. Canadá, México e China foram os países que Trump mais ameaçou com a imposição de tarifas.

“A única coisa que o mercado de câmbio esperava era mais volatilidade e certamente estamos vendo isso”, disse Turner do ING.

James Nelligan, estrategista do JPMorgan, afirmou feira que “nenhuma implementação imediata de tarifas… seria uma decepção de curto prazo para o dólar e, compreensivelmente, ele reagiu enfraquecendo em simpatia”.

No entanto, ele acrescentou que ainda havia espaço para “tarifas potencialmente agressivas no futuro, uma vez que as revisões das relações comerciais pelas agências federais tenham ocorrido”.

Os mercados de ações europeus fecharam em alta, mas sem grandes sobressaltos. O índice Stoxx Europe 600, de base ampla, terminou em alta de 0,1%, enquanto o Dax de Frankfurt subiu 0,4%. Já o FTSE 100 de Londres valorizou 0,2%.

Os preços do petróleo estavam mais baixos depois que Donald Trump declarou uma “emergência energética” em seu discurso inaugural, com promessas de abrir terras federais para exploração de petróleo. O Brent, referência global, caiu 0,9% para US$ 80,03 por barril, enquanto o WTI, seu equivalente nos EUA, caiu 1,7% para US$ 76,58 por barril.

noticia por : UOL

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