No final do ano passado, estudo do Instituto Igarapé mostrou que os casos de feminicídio cresceram 10% em cinco anos. A violência sexual teve aumento de 28% entre dezembro de 2022 e dezembro de 2023. Seis entre dez vítimas (59%) tinham até 14 anos. A maioria dos agressores é membro da família ou amigo. Um fabuloso começo seria parar de assediar, de bater, de estuprar, de matar.
Considerando-se que o homem não é hóspede no seu próprio lar, outro bom início seria parar de dizer coisas como “eu ajudo em casa”. Ou “sou um bom pai”. Ou ainda “sou um bom filho”. É obrigação, e não benevolência, a terceira jornada masculina, com tarefas domésticas e cuidado com filhos e idosos. A admissão do óbvio talvez estimulasse o homem a parar de menosprezar a liderança feminina também no ambiente de trabalho.
A mulher não escreverá sozinha normas menos anormais. É preciso resgatar sob escombros de incivilidade o que restou de inteligência no homem. No Dia Mundial Anti-machismo, deve-se louvar os homens capazes de reconhecer que a macheza não produz senão erupções letais de uma estupidez congênita. O melhor momento para parar é no século passado. O segundo melhor momento para parar é agora,
noticia por : UOL