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Cuiaba - MT / 13 de março de 2025 - 4:30

CRM protocola pedido de cassação contra vereador de Várzea Grande

DO REPÓRTERMT

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) protocolou, nesta quarta-feira (12), o pedido de cassação do mandato do vereador por Várzea Grande, Kleberton Feitoza Eustaquio (PSB). Segundo o Conselho, na semana passada o parlamentar invadiu áreas restritas do Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande (HPSMVG), constrangeu e difamou uma médica que atendia no local.

Além do processo no âmbito do Poder Legislativo, a entidade prepara uma série de ações judiciais contra o político.

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Presidente do CRM-MT, Diogo Sampaio destacou que, após a análise das imagens do circuito interno do HPSMVG, ficou constatado que a médica acusada pelo vereador de abandonar o plantão não saiu da unidade em nenhum momento. “Ela cumpriu com seu plantão e nós levantamos que ela estava realizando os atendimentos aos pacientes da unidade”.

As imagens, explicou Sampaio, mostram a médica na sala de descanso do hospital no momento em que o vereador está à sua procura. “O que aconteceu é que, ao ouvir o vereador gritando pelos corredores, a profissional, muito assustada e constrangida, se escondeu no banheiro da sala de descanso. Ela sai de lá após a chefia da unidade telefonar para a médica e garantir que estava ali para a defender. Ela volta ao consultório e o vereador, instantes depois, invade a sala”.

Diante de todos os fatos, o presidente do Conselho ressaltou que está claro que o vereador mente ao alegar que a profissional não estava no hospital e que, diante deste caso de assédio, intimidação e constrangimento, houve quebra de decoro por parte do político.

Sampaio afirmou que as recentes declarações do presidente da Câmara Municipal de Várzea Grande, que saiu em defesa de Feitosa e descartou antes mesmo de analisar o caso a abertura de um processo contra o parlamentar serão acompanhadas pela autarquia.

“Se ele, de alguma forma, impedir o andamento do nosso requerimento por parte da Comissão de Ética da Câmara, iremos ingressar com ações judiciais contra ele, porque isso poderia configurar, em tese, o crime de prevaricação. Estaremos bem atentos ao desenrolar deste caso e vamos até as últimas consequências. Esta violência contra os médicos vai acabar”, salientou.

LEIA MAIS – PF investiga se vereadores de Várzea Grande trocaram água por votos

Alvo da PF

Nessa terça (11), Feitoza e o vereador  Adilson Luiz Mayer de Arruda (Republicanos) foram alvos da Polícia Federal, que os investiga por suspeita de comprar votos na eleição do ano passado mediante o fornecimento de água, óleo diesel, dinheiro e outros benefícios.

Conforme a PF, as investigações tiveram início no dia 6 de outubro passado, quando foi realizada a eleição em turno único em Várzea Grande. Na época, duas pessoas foram presas em flagrante por compra de votos. A partir das prisões, a PF identificou que os dois vereadores em questão foram beneficiados com o esquema.

Se for confirmada a autoria dos crimes, os parlamentares poderão responder pelos crimes de captação ilícita de sufrágio e associação criminosa, cujas penas podem chegar até sete anos de reclusão.

 

FONTE : ReporterMT

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Cuiaba - MT / 13 de março de 2025 - 4:30

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