Bebês reborn não possuem direitos por não serem humanos nem animais, explica Alves. O ex-secretário afirma que, portanto, não deveriam ser tratados de forma diferente dos demais bens e objetos, com legislações específicas e atenção especial de Judiciário, Legislativo e Executivo.

Esses poderes devem se preocupar em garantir os direitos das pessoas humanas e dos animais, que são violados cotidianamente. Se os bebês reborn servirem ao menos para o aprendizado de pessoas para os cuidados e atenção com recém-nascidos e bebês, já será uma utilidade deles.
Ariel de Castro Alves
Parlamentares apresentam projetos visando espaços na mídia ou para contemplarem seus eleitores, apoiadores e seguidores. Alves registra que é direito deles apresentarem propostas, “por mais banais e pífias que sejam”. “Depois essas propostas podem ser suspensas e arquivadas nas comissões. Mas não geram consequências nas comissões de ética ou junto ao Ministério Público”, explica.
O Brasil é visto como um dos países do mundo mais perigosos para crianças, adolescentes e jovens. Os parlamentares deveriam estar preocupados com essa vulnerabilidade e situação de risco da população infantil e juvenil, ao invés de dedicarem esforços e trabalhos na atenção a bonecos.
Ariel de Castro Alves
O advogado lembra que o Brasil manteve a trajetória de queda no número de nascimentos. Em 2023, teve o menor número de nascimentos em quase 50 anos. “Enquanto se discute tanto sobre bebês reborn, cada vez o Brasil tem menos bebês humanos, comprometendo o futuro do país”, disse.
noticia por : UOL