Cinco presos foram encontrados mortos nesta sexta-feira (8) na principal prisão do porto equatoriano de Guayaquil, onde, um dia antes, confrontos entre facções do narcotráfico deixaram 22 mortos, informou o órgão estatal responsável pelas penitenciárias (SNAI).
“Durante as inspeções de segurança, foram encontradas cinco pessoas privadas de liberdade sem sinais vitais” na chamada Penitenciária do Litoral”, afirmou o SNAI.
Esse presídio tem sido palco de alguns dos piores massacres entre detentos ligados a organizações do narcotráfico, que disputam o controle com extrema violência. Desde 2021, esses confrontos resultaram em cerca de 500 mortes.
O incidente ocorreu um dia após um intenso tiroteio entre duas facções em uma área violenta e empobrecida no noroeste de Guayaquil, que deixou 22 mortos e seis feridos.
“O que aconteceu na prisão Guayas 1 pode estar relacionado a atos de represália”, disse uma fonte policial à AFP.
Em comunicado, o SNAI informou que “as causas desse lamentável episódio ainda estão sendo investigadas e as autópsias estão sendo realizadas”.
O órgão descartou que tenha ocorrido um motim na penitenciária, que faz parte de um grande complexo prisional que inclui também uma pequena unidade de segurança máxima.
Em novembro passado, 16 detentos morreram em “graves incidentes” dentro da mesma prisão.
O complexo penitenciário de Guayaquil é frequentemente cenário de episódios brutais, incluindo corpos desmembrados e queimados em grandes fogueiras. O pior massacre aconteceu em setembro de 2021, quando 119 presos foram brutalmente assassinados.
As prisões equatorianas têm sido palco de dezenas de confrontos entre facções rivais do narcotráfico, que, segundo as autoridades, disputam o controle da distribuição de cocaína destinada aos Estados Unidos e à Europa.
noticia por : UOL