Mas ela não veio e é pouco provável que venha, mesmo que o filho 03, Eduardo Bolsonaro, tenha ido aos EUA mendigar qualquer tipo de apoio, como bom vira-lata que é.
O fato é que o STF agiu desde o início de modo diferente do Judiciário americano, dando o peso e a gravidade necessária aos atos golpistas.
A celeridade em julgar centenas de detratores do fatídico dia 8 de janeiro deu uma resposta importante, assim como a unanimidade de votos do STF aceitando as denúncias em sua integridade, para tornar réus todos os envolvidos na trama golpista.
A possível condenação de Jair Bolsonaro parece cada vez mais próxima.
Há uma comparação com o famoso julgamento de Nuremberg, um tribunal penal militar internacional que tinha por objetivo julgar os crimes de altos oficiais nazistas cometidos durante a Segunda Guerra Mundial.
A comparação é válida, não só pela tentativa de golpe, mas por todas as atrocidades cometidas durante a gestão de Bolsonaro, principalmente no descaso com a pandemia e o discurso antivacina.
No entanto, diferentemente de a “banalidade do mal”, conceito criado pela filosofa Hannah Arendt, que escreveu e analisou o Julgamento Nuremberg – constatando, com assombro, que um dos autores de tamanha monstruosidade contra os judeus era um homem comum, um burocrata, um cidadão de bem e cumpridor de suas tarefas – Jair Bolsonaro, ao contrário, se utilizou do escárnio, da ironia, se tornando, sem qualquer pudor, um agente abertamente contra a democracia e sem qualquer apreço pelas vida humana alheia.
noticia por : UOL