Fernandes era secretário-executivo de Ramos na Secretária Geral da Presidência e os dois despachavam diariamente no Palácio do Planalto. O celular do general preso, segundo apurou a coluna, traz uma série de mensagens enviadas a Ramos, algumas que teriam teor golpista.
Ramos não responde a maior parte delas, mas para fontes da Polícia Federal isso não significa que o ex-ministro não deliberasse com o subordinado. Ele recebia informes de Fernandes e depois tratava com o general pessoalmente.
Ramos gostava de exaltar sua lealdade e amizade com o ex-presidente. Costumava exibir fotos suas e de Bolsonaro do tempo do Exército e demonstrava empenho na defesa do então chefe.
Foi Ramos um dos idealizados da reunião com os embaixadores para contestar as urnas eletrônicas, que acabou culminando na inelegibilidade de Bolsonaro.
General vai delatar?
O advogado do general Mário Fernandes, Marcus Vinícius Figueiredo, nega a intenção de que ele faça uma delação premiada. Diz que eles entendem que existe a “possibilidade técnica e respeitosa de se defender”.
noticia por : UOL