O ministro determinou a prisão preventiva e a tomada de depoimentos de Cid e do ex-ministro Gilson Machado. Também foi autorizada a busca nos endereços dos dois e a quebra de sigilos telefônico e telemático deles (que permite ver a localização das antenas de celular, por exemplo, e trocas de mensagens).
A PGR (Procuradoria-Geral da República) foi favorável ao pedido de prisão. Para Paulo Gonet, Gilson Machado tentou emitir um passaporte português para Cid, que possui cidadania do país europeu. Ele também se baseou em dados da Polícia Federal sobre a saída de familiares de Cid do Brasil, no fim de maio, com destino aos Estados Unidos.
A PF apura se Mauro Cid planejava fugir do Brasil. As investigações mostram que Machado tentou emitir um passaporte português para Cid, no consulado na capital pernambucana, em 12 de maio deste ano.
Confira trechos das decisões de Moraes
Portanto, nestes autos – e em diversas investigações conexas – estão sendo coletados relevantes indícios de ações possivelmente coordenadas e estruturadas (em referência aos casos de Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli) para a finalidade de obstrução do regular trâmite da AP 2.668/DF [ação penal que envolve Bolsonaro e outras sete pessoas por tentativa de golpe], além de outros procedimentos investigativos em curso nesta Suprema Corte.
Os fatos narrados pela Polícia Federal e pela Procuradoria-Geral da República são gravíssimos, indicando que Gilson Machado Guimarães Neto estaria atuando ativamente para fornecer a Mauro César Barbosa Cid as condições de se evadir do território nacional, obstruindo, assim, a instrução da AP 2.668/DF e as diversas investigações em curso nesta Suprema Corte que envolvem a organização criminosa investigada.
Alexandre de Moraes, ministro do STF, ao mandar prender Gilson Machado e Mauro Cid, na última sexta-feira
noticia por : UOL