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Cuiaba - MT / 25 de maio de 2025 - 7:25

A.G. Cook, maior parceiro de Charli xcx, leva sua música esquisita ao C6 Festival

A noite de sábado (24) na tenda do Festival C6 foi inaugurada pelo set do inglês A.G Cook, produtor do maior fenômeno pop de 2024 —o álbum “Brat”, de Charli xcx.

O inglês é o cérebro por trás do selo musical PC Music, criado por ele em 2013. Em uma década de existência, a gravadora alterou os rumos da música pop com uma abordagem irônica e exagerada do gênero, tanto estética quanto musicalmente.

Dali nasceu um gênero musical, o hyperpop, e faixas maximalistas, com texturas brilhantes, sons comprimidos e distorcidos, vozes metalizadas e carregadas de autotune.

São músicas estranhas para os ouvidos, muitas vezes incômodas, organizadas no palco usando o caos como guia e se tornando algo que não é nem um set para pista de dança e nem um show. E é aí que mora a graça de tudo —é indeterminado, novo, e pode causar qualquer sensação, menos indiferença.

No C6, Cook baseou seu set em faixas de seus três álbuns, “7G”, “Apple”, ambos de 2020, e o mais recente “Britpop”, do ano passado. Sua figura, com um cabelo comprido, franja e óculos grandes de grau, poderia vir de outra década, o que cria um contraste curioso com o som futurista que apresenta.

Nada na música de Cook é orgânico, o que não quer dizer que sua produção é fria. Mas ela abandona boa parte de sua dureza sempre que a conhecida voz distorcida de Charli xcx aparece no set, seja em músicas que estão em álbuns da inglesa e foram produzidas por ele ou em outras lançadas por ele com participação dela.

E a voz de Charli aparece muitas, muitas vezes. Ele tocou, por exemplo, “Britpop” e “Lucifer”, presentes no álbum mais recente do produtor e com vocais dela. Do “Brat” vieram “Mean Girls” e o remix de “Von Dutch” com Addison Rae.Foram os momentos mais celebrados pelo público.

É como se os dois, parceiros musicais de longa data, tirassem o melhor um do outro. Charli empresta o método cerebral de Cook, enquanto a cantora bota seu coração nas produções dele.

O inglês também dedicou parte do set a outra parceira antiga, Sophie, que cresceu na PC Music e morreu em 2021, em um acidente —dela, ele tocou “Is it Cold in the Water?”, “Faceshopping” e “Ponyboy”. Mesmo distorcido, frito, totalmente PC Music, foi um momento emocionante.

Depois de tocar, cantar e bater cabelo, o produtor encerrou o show com “Club Classics”, hit de “Brat”, sob luzes verdes como a capa do álbum. Na letra, Charli lista artistas que quer ouvir quando for sair para dançar. AG é um deles.

noticia por : UOL

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Cuiaba - MT / 25 de maio de 2025 - 7:25

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