Nas últimas semanas, o tema passou a fazer parte das considerações do governo brasileiro, que avalia que uma eventual ação americana terá de ser vista dentro de um contexto de um ataque à soberania, e não apenas um ato individual contra um cidadão brasileiro. Portanto, respostas terão de ser dadas, inclusive com pedidos de explicações diplomáticas e um eventual
No Palácio do Planalto, a orientação é não entrar nas provocações da extrema direita e lidar de forma institucional com os americanos. Mas não se descarta que, se uma sanção for estabelecida contra Moraes, o governo terá de reagir, por considerar que se trata de um ataque contra a soberania nacional.
A reação também é ecoada pelo PT. O líder do partido na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ) emitiu uma nota em nome da bancada do PT.
“Nós, parlamentares do PT, defendemos a independência e a harmonia entre os poderes bem como a soberania das instituições brasileiras. Repudiamos veementemente a tentativa do governo dos EUA de politizar decisões judiciais, atentando contra a soberania brasileira e o STF por sua atuação contra os golpistas liderados pelo ex-presidente da República”, disse.
“Não admitiremos qualquer forma de submissão ou ingerência estrangeira em nosso ordenamento jurídico. Nosso compromisso é com um país justo, democrático e soberano, onde o povo decida seu destino sem interferências externas”, diz a nota.
A ideia no Planalto é, ainda, desgastar o bolsonarismo, mostrando os vínculos com um governo americano que visa ameaçar as instituições nacionais.
noticia por : UOL