Em resposta às novas tarifas americanas, Pequim revelou suas próprias taxas, de 34% sobre uma série de produtos americanos, que entrarão em vigor na quinta-feira (10). E Donald Trump, por sua vez, retorquiu, em uma mensagem publicada no Truth Social: ele ameaça aumentar as “tarifas” em mais 50%, a menos que a China retire imediatamente suas novas tarifas.
Até 104% de tarifas para a China
Se a medida for aplicada, as tarifas americanas chegariam a um total inédito de 104% sobre os produtos chineses. Washington justifica esses aumentos como represálias contra o tráfico de fentanil e os desequilíbrios comerciais persistentes.
Nos mercados, a tensão é palpável. Trump, por sua vez, minimiza o impacto, mas as consequências podem ser duradouras e os consumidores americanos podem ver os preços de muitos produtos subirem. Pequim poderia, ainda, intensificar intercâmbios com outros parceiros, especialmente a União Europeia. A China, no entanto, insiste: não há “vencedores em uma guerra comercial” e o governo segue oficialmente aberto ao diálogo.
Um porta-voz do ministério chinês fez um apelo para que “as diferenças com a China sejam resolvidas por meio de um diálogo igualitário com base no respeito mútuo”.
Trump disse que já não quer se reunir com autoridades chinesas, mas que está disposto a negociar “acordos justos” com outros países, o que não significa que vai retroceder, ressaltou. Os mercados estavam atentos ao menor sinal de que a política de Trump seria flexibilizada, o que o presidente americano descartou.
noticia por : UOL