Na reunião de Macron, o chanceler germânico decepcionou, a lembrar ser a Alemanha, depois dos EUA, o segundo maior fornecedor de apoios à Ucrânia.
Na verdade, a Alemanha terá eleição no domingo próximo. O partido alemão de direita radical, o Afd, não irá ganhar, segundo as pesquisas. Mas, pela primeira vez, os radicais terão 20% de aumento de votos. E o Afd levantou a bandeira contra os apoios financeiro e bélico à Ucrânia.
De partida, Olaf Schultz, preferiu, ontem em Paris, o escapismo. Disse ser cedo para se discutir um projeto de paz ainda não conhecido para a Ucrânia. Entendeu pertinente, apenas, a Europa colocar à disposição, no caso de cessar fogo, uma força de paz. Aliás, algo cogitado por Trump, a pretexto de não desejar ter despesas com soldados americanos em força de paz.
Enfim, a reunião de Macron, que internamente não goza de prestígio entre os franceses, não teve utilidade. Como colocaram os especialistas em geoestratégica e geopolítica, a Europa está dividida e os valores, – propostos para a segurança e com base numa participação financeira mais elevada, com aumento da contribuição baseada em porcentual do PIB de cada estado membro -, foram considerados insignificantes para garantir segurança defensiva, a inibir um projetado expansionismo soviético.
Por outro lado, Trump e Putin empenham-se, cada dia mais, em estabelecer um poder de mando no mundo. Esperam o momento para convidar os chineses. Enquanto isso, acertaram espoliar a Ucrânia e dar uma banana para os europeus.
Em bom momento, portanto, a leitura da recém lançada obra intitulada “A luta pela supremacia na Europa: 1848-1918”, do historiador britânico A.J.P. Taylor. Por ela, em uma edição da Unesp, têm-se a perfeita dimensão do que foi e do que é a Europa, que continua o seu declínio e com os britânicos fora da UE.
noticia por : UOL