O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo cobrou do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) a reposição das perdas inflacionárias que a Polícia Civil teria sofrido nos últimos anos e a reestruturação dos salários.
Em nota, a presidente do Sindpesp, delegada Jacqueline Valadares, afirma que a recomposição é promessa de campanha do governador. Parecer técnico encomendado pelo sindicato a uma especialista indica que, se fosse feita a reposição inflacionária de novembro de 1993 a junho de 2023, o salário inicial de um delegado de terceira classe deveria ser de R$ 19.315,11 —atualmente, está em R$ 15.823,66. O último reajuste da categoria ocorreu em agosto de 2023.
Valadares afirma que o aumento de 11,2% no orçamento da segurança pública do estado, para R$ 20,3 bilhões em 2025, permitiria ao governador cumprir a promessa da campanha de 2022 e apresentar um plano de valorização dos profissionais e de reestruturação dos salários da Polícia Civil.
“O que se depreende da peça orçamentária é que recursos existem, e até aumentaram em relação ao ano passado, motivo pelo qual se espera que haja, agora, investimento real nos profissionais da Segurança Pública de São Paulo”, diz. “Só assim para aumentarmos a atratividade das carreiras e diminuirmos a constante evasão de servidores para outros concursos e iniciativa privada.”
A presidente do Sindpesp lembra ainda que o governador está entrando no terceiro ano de mandato no Palácio dos Bandeirantes. “Considerando a existência de dinheiro em caixa, o momento é ideal para a aprovação de um reajuste escalonado para a instituição para os próximos dois anos, não podendo ser mais postergado”, afirma. “Afinal, em 2026, em razão do pleito eleitoral, diversas limitações serão impostas à concessão de reajustes aos servidores.”
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública afirmou que as medidas tomadas pela gestão “evidenciaram forte compromisso com a valorização policial.”
“Prova disso, foi o reajuste salarial inédito em um primeiro ano de gestão, resultando no aumento médio de 20,2% para todas as carreiras, o que beneficiou mais de 100 mil profissionais das polícias Civil, Militar e Técnico-Científica, aposentados e pensionistas”, indica, em comunicado.
O órgão diz que está empenhado com a valorização dos policiais e “trabalha para o reajuste de todas as forças de segurança.” “O objetivo é assegurar que as categorias recebam uma remuneração justa, que reflita a importância e a complexidade de suas funções”, complementa.
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noticia por : UOL